quarta-feira, 7 de março de 2012

Crônicas sobre o tal machismo feminino



Estamos em março, o Big Brother está no ar, um monte de novela da Globo está encerrando sua história, o Pânico foi para a Bandeirantes, o SBT brilha com a reprise de Maria do Bairro, Rede TV contrata o polêmico e bom comediante Rafinha Bastos, a Record vive boa fase com a minissérie Rei Davi. Em três meses muita coisa aconteceu em 2012. E amanhã já o dia internacional das mulheres...E um programa TV lançou uma discussão sobre um tal de machismo feminino. Será que isso existe? Vamos ao principio de tudo.

Sobre o BBB

Foi anunciado no evento do lançamento da nova programação da Globo que o reality continua. Não surpreende, pois mesmo com a polêmica do suposto estupro o Big Brother tem fôlego para mais duas, ou três edições.

O programa é bom, as pessoas se envolvem, comentam e torcem. Sem contar que mesmo a seleção não sendo honesta, podemos enxergar nos participantes traços de pessoas intimas em nossas vidas. Para a Globo é vantagem manter um programa barato em termos de custos e alto em termos de faturamento.

Sobre a atual edição ela começou favorável a um determinado grupo, a Selva. Pessoas que vieram para jogar. Eles manipulavam os mais fracos, e achavam que estavam certos. O primeiro líder da tropa a cair foi Ronaldo. Mesmo assim a sorte não os largava. O carismático João Mauricio integrante do grupo Praia, grupo qual não joga pesado como a Selva ao ir para o paredão contra o amigo Jonas, acabou sacrificado.

O jogo virou após erro na prova que deu a liderança a Yuri. Neste caso, concertando, ou não, não faria diferença. Mas a direção quis apimentar o jogo. A liderança foi para Praia, e a história passou a ser outra. O honesto Fael colocou a cobra Laisa para o paredão.

Laisa, moça bonita e de gênio difícil foi vista como a grande vilã do programa. Alguns blogueiros, como o jornalista Mauricio Stcyer até falaram que a gaúcha faria falta ao reality. Sinceramente, não. O público gosta de intriga, agito, e principalmente; conflito de personalidades. Laisa não agitava em nada, só Yuri, mesmo jogando sujo é um cara carismático e desde sua saída tem mostrado ainda mais esse carisma.

A jovem foi uma participante estranha, vazia e fria. Quem gosta de um vilão assim? Ninguém. Por isso, não fez falta ao sair do programa. Ela não era responsável pelas maiores intrigas, mas sim o namorado, e principalmente Rafa. Esse sim, um grande vilão. No começo carismático, mas no fim derrapou na própria arrogância. Mas ao que parece, a jovem é protegida, por isso até do BBB espanhol vai participar..

Sobre a edição de ontem


Pobre Kelly.. Foi ridicularizada pela produção caprichada que a chamou na cara dura de planta. Mas não é mesmo? Boazinha demais, isso irrita. Se nas novelas não agüentamos heroínas boas e frágeis, não vamos agüentar na vida real. E outros exs- BBB foram mencionados como plantas que sempre acabam surgindo na atração.

Pior que ela, só a Janaina da edição passada, nitidamente forçada. Mas a moça tem torcida, pois mesmo planta há gente pior que ela. Uma delas foi eliminada ontem. Renata, a promíscua da casa não mostrou nada de bom. A não ser beleza. Realmente linda, mas assim como Laisa é vazia. E pior não tem carisma, e nem personalidade.

Leila Diniz entra no BBB

O lance de Renatachinhaaaaaa era ficar, beijar, ficar e quem sabe transar. Mas não foi por isso, a sua eliminação. Ano passado uma promíscua ganhou. Correu atrás de um homem por correr, pois estava carente, porém acabou nos braços de outro. Seu objetivo não era ganhar o prêmio, mas sim ficar famosa e crescer como atriz.

Maria ganhou sem merecimento, mas o carisma a beneficiava, algum que faltou e muito em Renatchinhaaaaaaa. Comparar Renata com Leila Diniz, uma mulher inteligente de personalidade e histórica na nossa sociedade é ridículo. A mulher gostar de ficar com quatro, cinco, seis homens é problema dela. O corpo é dela, as vontades também. Homens fazem isso sempre. O problema é esse; falta de atitude, consistência, objetivo na vida.

A garota, assim como a maioria das participantes do Big Brother usam o programa como forma de vender a sua imagem para no futuro saírem nuas em revistas masculinas. Por isso, Maria não mereceu ganhar, não era natural ser do jeito que era, pois o que queria era fama apenas. O mesmo Renata, o mesmo Monique, essa sim, mesmo jogando errado é espontânea, carismática, sofre com problemas comuns as mulheres ao se achar gorda, porém sonha com a fama apenas, gerando nela as crises que vemos no programa, se desespera por estar acima do peso ( que não é verdade) e não ser convidada para pousar nua. Pode não merecer ganhar, mas fará falta ao programa coisa que a poderosa Laisa nunca fez. Já Leila Diniz fez parte de uma geração onde as mulheres eram piores tratadas do que hoje. Fez o que fez em nome desta liberdade feminina conquistada mesmo que não plena nos dias de hoje, e não para ter seus 15 minutos de fama, algum que é conseqüência na vida de quem merece realmente o estrelato.

A filosofia de Bial

O Big Brother realmente nos serve para discutir a posição da mulher e Pedro Bial sempre protegeu as mais devassas. Ele gostava da Natalia, amava a Priscila, defendia a Fani, e assim vai.. O certo é defender o caráter e a personalidade. Ainda mais em um programa como esse. A conduta em nada temos haver. Não vou julgar uma pessoa por gostar de sexo casual. Sendo que ela trabalha, paga as suas contas, não rouba, não mata, enfim é uma boa pessoa. Só gosta de sexo sem compromisso.

A luxúria é considerada um dos sete pecados capitais. Pode até ser, pois transar por transar só faz mal a uma pessoa: a si próprio. Mas isso faz parte da individualidade de cada um. Defender a individualidade é uma coisa, agora usar isso como escada em um programa de TV é outra. Nenhuma das devassas do Big Brother mereceu tamanha atenção de Pedro Bial. Os discursos dele chamando nós mulheres de machistas não procede. A pessoa promíscua, mas com caráter sempre ganha pontos.

Finalizando...

Além de Leila Diniz, outra mulher poderosa, talentosa que sempre teve brilho e personalidade é Madonna, talvez a única grande figura do nosso feminismo ainda viva. A intocável rainha do pop está de volta com novo trabalho. Mas o seu grande feito foi provocar uma revolução com atitude, sensualidade e com um atrevimento raro em sua época na auto-estima feminina. Então Bial, são esses tipos de mulheres que mesmo safafindinhaaaa merecem a sua defesa eterna.

Até a próxima semana!