quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Como foi 2011 – Parte 2


Estamos indo para a terceira semana de janeiro e o MOVA ainda insistindo com estes textos de retrospectiva? Na verdade como no post anterior, isso é mais uma análise do que ocorreu no ano passado do que uma retrospectiva propriamente dita. Vamos abordar os acontecimentos musicais que ocorreram em 2011. Mas, antes duas considerações sobre o texto da semana passada. Primeiro, a novela Passione que também começou em 2010, mas terminou em 2011 não foi mencionada. A trama de Sílvio de Abreu sofreu com críticas, porém temos que ressaltar a boa tentativa do autor em fazer uma novela diferente mesmo com histórias já contadas.

Segundo, podemos destacar a personagem Clara, papel incrivelmente bem desempenhado por Mariana Ximenes. Personagem que passou por várias escalas de transformações nem sempre apoiada pelo público. Em determinado momento muitos acreditaram na transformação da personagem de vilã para mocinha. Porém, público foi enganado. Assim como ocorreu a vinte anos em O Dono do Mundo, onde o vilão Felipe Barreto, interpretado por Antonio Fagundes de vilão ficou bonzinho, mas na realidade estava enganando a todos. Creio que Sílvio de Abreu deu um golpe de mestre, pena que o telespectador não compreendeu, assim como não aceitou tão bem o fato de Claro ter matado Saulo em cena antológica para a teledramaturgia.

Voltando para o assunto do texto de hoje... No mundo musical, a música brasileira realmente pegou gosto pelo tal sertanejo universitário. Com letras bem semelhantes com as do atual pop americano, falando sempre de festa, bebedeira, mulheres e DJ, o povo brasileiro tem curtido muito este estilo. O maior representante desta fase é o paranaense Michel Teló. Com o hit Ai Se eu Te Pego (!!!), o jovem de trinta anos alcançou grande fama e repercussão. Além dele, outras duplas sertanejas tem se destacado por este tipo de som.

No Brasil sempre tivemos fases onde reina grupos, ou cantores que lançam determinadas músicas ditas como pegajosa. Por um tempo, cantamos, curtimos e depois a esquecemos até não vir outra. Foi assim como muitas músicas do Latino, È o Tchan, entre outros “talentos” musicais. Com este estilo sertanejo mais sem conteúdo da historia a tendência seria ocorrer o mesmo, porém Michel Teló com Ai Se eu Te Pego tem alcançado fama internacional. Tudo começou com o jogador Cristiano Ronaldo que ao comemorar um gol dançou a coreografia (maravilhosa, diga-se de passagem..) da música. Pronto! Bastou isso e o hit virou mania e para 2012 o rapaz planeja até carreira nos EUA. O vídeo de Ai Se Te Pego já um é o mais visto em muitos países.

O Brasil em 2011 principalmente está em uma fase muito boa, pois está sendo cada vez mais reconhecido fora do país. A questão que o estilo de Michel Teló não é o ideal para representar o povo brasileiro em um momento onde estamos crescendo tanto. A composição de Ai Se Te Pego é muito ruim, mas se comparado a alguns hits de Rihanna está tudo nivelado. Lá fora, a música está dominada por artistas ruins, que se acham excêntricos. Cantores, alguns bons, mas dominados por produtores gananciosos. Artistas estes que imitam outros cantores, bons de verdade de décadas atrás. A ousadia da própria Rihanna que comercialmente foi um dos nomes musicais em 2011 nunca surpreendeu, pois não há verdade alguma no que ela faz, além de não ser uma grande cantora. È uma apenas uma menina bonita que parece gostar muito de sexo, só isso, nada mais.

Voltando a falar de Teló, o Brasil tão acostumado com estereótipos em relação a sermos o país do carnaval poderia muito bem ter tido a sorte com um representante mais interessante para fazer sucesso fora do país. Mesmo sendo carismático, com voz agradável, seu sucesso internacional já está indo longe demais. Bastava apenas o fenômeno que sua música é no Brasil e já estava muito bom. Só esperamos que os coleguinhas do mesmo estilo de Teló não comecem a fazer sucesso fora das fronteiras brasileiras... Enquanto isso os outros estilos musicais ficam meio que esquecidos no meio desta onda de sertanejo universitário. Vamos ver se em 2012 isso muda, pois se não vamos acreditar que o mundo acaba mesmo este ano.

Fora do Brasil podemos respirar mais aliviados, mesmo com a quantidade de artistas bem produzidos, mas sem qualidade e verdade, ainda temos algumas salvações. Uma delas infelizmente morreu. Amy Winehouse abriu portas para um novo velho estilo de fazer musica. Seu jeito melancólico e independente. Não era linda e produzidinha como Beyoncé, por exemplo, mas era intensa no que fazia. Abriu portas para a incrível Adele, grande nome da música mundial. Com seu álbum 21 consegui grandes feitos, lançar músicas tão incríveis como a de sua colega falecida. Além disso, é considerada fora dos padrões estéticos americano. A loirinha é gorda sim, porém é muito mais bonita que muita cantora magrela. E tem personalidade de sobra para reinar na musica e não acabar mal, como Amy.

Outra que foge dos padrões, mas tem inteligência comercial digna de uma Madonna (talvez essa seja a razão, pela qual muitos duvidem de sua qualidade artística) é Lady Gaga, a melhor artista pop americana atualmente. A única que nos passa algum de interessante e ousado. Ótima banda Foo Fighters voltou com força total, assim como Red Hot Chili Peppers. Desde 2006 sem lançar um disco novo, Red Hot como novo guitarrista que cumpre a nada fácil tarefa de substituir John Frusciante, lançou o melhor álbum desde Californication.

Ainda tivemos a volta do Rock in Rio para o Brasil depois de dez anos (ou seria Pop in Rio, ou melhor, Axé in Rio kkkkkk). Onde teve vaias para: Cláudia Leite. Não vamos falar sobre ela? Na realidade a bela se destacou mais pelos micos (Miss Universo, por exemplo, quem lembra?) protagonizados em 2011 do que pela música, e como este não é um blog de celebridades.... Mas musicalmente falando, a moça precisa se encontrar já que tem apoio por parte de setores da mídia, é jovem e bonita. Forçou a barra em 2011, quem sabe não se encontra em 2012. O seu novo DVD, inclusive rendeu um bom artigo na revista Rolling Stones.

Até a próxima semana!